segunda-feira, 16 de abril de 2012

NOTA DE REPÚDIO

MAIS UMA VEZ A MULTINACIONAL VALE DO RIO DOCE ESQUECEU UM ACIDENTE COM SEUS FUNCIONÁRIOS, HOJE NEM OS MEIOS DE COMUNICAÇÕES POSTAM OU MESMO FAZEM QUALQUER COMENTÁRIO SOBRE O ACIDENTE QUE TIROU A VIDA DE MEU TIO JOSÉ MARINHO E OUTROS 2 FUNCIONÁRIOS, QUE FALECERAM POR TOTAL NEGLIGÊNCIA.
FICA A PERGUNTA NO AR " HOUVE 3 MORTES SERÁ SE A POLICIA CIVIL COMEÇOU ALGUM INQUÉRITO PARA INVESTIGAR AS CAUSAS DESTAS MORTES?".
ARVORES REALMENTE CAEM MAIS FICAR DE 00:30HS ATÉ 09:00 HS DEBAIXO DELA É UM FATO VERGONHOSO.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Mais um acidente em Carajás - três vítimas

A Vale informou que no dia 30 de março uma árvore, ao cair, atingiu um ônibus que transportava empregados na Estrada do Manganês. O acidente deixou três mortos e nove feridos; aconteceu no Km 17 da rodovia que dá acesso à Mina do Azul, na Serra dos Carajás, município de Parauapebas, Pará. Fortes críticas da Associação dos Trabalhadores Vitimados por Doenças no Trabalho (Parauapebas).
Um acidente anunciado
A “transnacional vale”, vende uma imagem maquiada pela hipocrisia, à sociedade, de ser uma empresa que se preocupa com o meio ambiente. Então vejamos:
A empresa que deixa árvores beirando o limite do asfalto das estradas  (estrada sem acostamento) sob sua responsabilidade, com  o discurso  hipócrita de preservação da natureza. Árvores essas que ficam jogando em balanço a vida de seus trabalhadores. É a mesma empresa que, sob os olhares inoperantes e omissos do IBAMA e CMBIO, corta  indiscriminadamente, centenas de metros cúbicos  de madeira nos locais que interessam à exploração de minérios.
Esse acidente, que ocorreu hoje na estrada do Manganês, é fruto desta política hipócrita, que tem como lógica, só e somente só, o lucro, em detrimento  ao meio ambiente e ao ser humano.
Essa empresa  que prega um discurso ambientalista demagógico, é a mesma que contamina os rios de nossa região. Veja a situação do Gelado, Geladinho e outros...
Um descaso com a vida do trabalhador
A estrada de acesso a “mina de manganês”, fica em torno de 25 km da corporação do corpo de bombeiros da empresa, e há 39 Km do Hospital localizado no Núcleo Urbano de Carajás.
Negligência no atendimento às vítimas
O acidente ocorreu, segundo nota da própria empresa às 00:40 e os acidentados, chegaram ao Hospital Yutaka Takeda, no Núcleo Urbano de Carajás, somente em torno das 09:00 às 10:00 Hs. Ou seja, as vítimas, ficaram agonizando por socorro que nunca chegava, em torno de 08:00Hs.
Negligência e incompetência da Gerência da Vale Carajás 
Segundo informações de trabalhadores que estavam no ônibus acidentado, quando o socorro chegou, não tinham equipamentos adequados para resgatar os feridos mais graves, que estavam presos sob as ferragens. Os bombeiros da empresa não tinham “motosserra” e quando conseguiram  faltou combustível no momento. O guindaste que levaram às 03:00 Hs para erguer a arvore, era subdimensionado em relação a capacidade de levantar o peso da árvore.
Segundo informação de companheiros de serviço que estavam no local do acidente, as vítimas fatais, até às 07:00Hs, conversavam normalmente.
Quando chegaram, tardiamente no Hospital, após 08:00Hs do acontecido, ainda deixaram cair da maca, o empregado Francisco (Chicão).
A morte desses  trabalhadores, Francisco, José Marinho e Celso, foi fruto de uma sequencia de negligência e irresponsabilidade da gerência da “vale” em Carajás.
Uma falta de respeito com as vítimas
Se não bastassem as horas de agonia, à espera de socorro que nunca chagava. Os corpos desses trabalhadores foram levados a uma funerária em Parauapebas, sem nenhum acompanhamento de algum representante da empresa, como assistente social ou coisa parecida. Foram colocados, um em cima do outro, como lixo, dentro de um saco preto. Onde nesse momento, houve uma revolta dos companheiros que pediram mais respeito às vítimas, só então organizaram a situação. A situação estava tão precária, que até o veículo Kombi que iria leva-los até a Cidade de Marabá, para serem periciados no IML, teve que ser empurrada  para  o motor funcionar.
Onde está o respeito desta empresa, com seus funcionários? Com aqueles que o fazem bater recorde de lucros dia a dia ? Onde anda o Sindicato Metabase para acompanhar esse tratamento desumano  por parte da empresa a seus funcionários vitimados?
Com a palavra, o Ministério Público, Polícia Civil e os nossos governantes...
Fonte: Associação de Trabalhadores Vitimados por Doenças no Trabalho - Parauapebas, 31 de março de 2012
ESTOU SEM POSTAR POR LUTO AO MEU TIO JOSÉ LIMA MARINHO