Ministro deve ir à Câmara falar de supostos desvios no Turismo
Comissões aprovaram convite para ministro falar sobre ação da PF.
PF prendeu 35 pessoas suspeitas de envolvimento em desvios na pasta.
O ministro Pedro Novais durante posse no cargo
em janeiro deste ano (Foto: Valter Campanato /
Agência Brasil)
O ministro do Turismo, Pedro Novais, "está disposto" a ir à Câmara dos Deputados prestar esclarecimentos sobre as denúncias de desvio de verba na pasta, informou a assessoria de imprensa do ministério na tarde desta quarta-feira (10).em janeiro deste ano (Foto: Valter Campanato /
Agência Brasil)
As comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Defesa do Consumidor da Câmara aprovaram pela manhã convite para que o ministro do Turismo, Pedro Novais, explique as prisões envolvendo integrantes da cúpula da pasta.
Nesta terça-feira, a Polícia Federal prendeu 35 pessoas na Operação Voucher, para investigar desvio de verbas com o suposto envolvimento de servidores e integrantes da cúpula do Ministério do Turismo, além de entidades privadas.
Segundo informações das comissões, o depoimento do ministro deve ocorrer em audiência conjunta.
A Comissão de Fiscalização Financeira também aprovou nesta quarta convite ao ex-ministro do Turismo Luiz Barreto para que explique as supostas irregularidades ocorridas durante a gestão dele, na qual foi firmado o contrato que deu origem à operação da Polícia Federal.
A operação
A Operação Voucher foi deflagrada para dissolver um suposto esquema de desvio de recursos públicos do Ministério do Turismo. A Justiça expediu mandados de prisão de 38 pessoas, em Brasília, São Paulo, Macapá e Curitiba.
Segundo a PF, as investigações se iniciaram em abril, a partir de levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou irregularidades em um convênio de R$ 4,445 milhões entre o ministério e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), uma organização sem fins lucrativos. A finalidade do convênio era qualificar 1,9 mil profissionais de turismo no Amapá.
De acordo com o diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, o dinheiro era repassado pelo Ibrasi a empresas de fachada. “Os recursos eram pagos a empresas que não existiam. Elas constavam no papel, mas ao checarmos os endereços, encontramos terrenos vazios ou outros estabelecimentos”, disse.
A PF também diz ter identificado direcionamento de contratações a empresas que fariam parte do suposto esquema de desvio; ausência de preços de referência; não execução ou execução parcial de serviços; pagamentos antecipados; fraudes nos comprovantes de despesas; e falhas na fiscalização do convênio.
Dos R$ 4,445 milhões do contrato, a PF estimou que dois terços do valor (quase R$ 3 milhões) tenham sido desviados.
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