quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ministro deve ir à Câmara falar de supostos desvios no Turismo

Ministro deve ir à Câmara falar de supostos desvios no Turismo

Comissões aprovaram convite para ministro falar sobre ação da PF.
PF prendeu 35 pessoas suspeitas de envolvimento em desvios na pasta.

Do G1, em Brasília
O ministro Pedro Novais durante a solenidade de transmissão de cargo (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)O ministro Pedro Novais durante posse no cargo
em janeiro deste ano (Foto: Valter Campanato /
Agência Brasil)
O ministro do Turismo, Pedro Novais, "está disposto" a ir à Câmara dos Deputados prestar esclarecimentos sobre as denúncias de desvio de verba na pasta, informou a assessoria de imprensa do ministério na tarde desta quarta-feira (10).
As comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Defesa do Consumidor da Câmara aprovaram pela manhã convite para que o ministro do Turismo, Pedro Novais, explique as prisões envolvendo integrantes da cúpula da pasta.
Nesta terça-feira, a Polícia Federal prendeu 35 pessoas na Operação Voucher, para investigar desvio de verbas com o suposto envolvimento de servidores e integrantes da cúpula do Ministério do Turismo, além de entidades privadas.
Arte Operação Voucher Ministério do Turismo VALE ESTA (Foto: Editoria de Arte / G1)
De acordo com a assessoria do ministro, o convite para ida à Câmara para esclarecimentos ainda não chegou ao ministério.
Segundo informações das comissões, o depoimento do ministro deve ocorrer em audiência conjunta.
A Comissão de Fiscalização Financeira também aprovou nesta quarta convite ao ex-ministro do Turismo Luiz Barreto para que explique as supostas irregularidades ocorridas durante a gestão dele, na qual foi firmado o contrato que deu origem à operação da Polícia Federal.
A operação
A Operação Voucher foi deflagrada para dissolver um suposto esquema de desvio de recursos públicos do Ministério do Turismo. A Justiça expediu mandados de prisão de 38 pessoas, em Brasília, São Paulo, Macapá e Curitiba.
Segundo a PF, as investigações se iniciaram em abril, a partir de levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou irregularidades em um convênio de R$ 4,445 milhões entre o ministério e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), uma organização sem fins lucrativos. A finalidade do convênio era qualificar 1,9 mil profissionais de turismo no Amapá.
De acordo com o diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, o dinheiro era repassado pelo Ibrasi a empresas de fachada. “Os recursos eram pagos a empresas que não existiam. Elas constavam no papel, mas ao checarmos os endereços, encontramos terrenos vazios ou outros estabelecimentos”, disse.
A PF também diz ter identificado direcionamento de contratações a empresas que fariam parte do suposto esquema de desvio; ausência de preços de referência; não execução ou execução parcial de serviços; pagamentos antecipados; fraudes nos comprovantes de despesas; e falhas na fiscalização do convênio.
Dos R$ 4,445 milhões do contrato, a PF estimou que dois terços do valor (quase R$ 3 milhões) tenham sido desviados.

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