PEQUIM - A
polêmica em torno da morte de Jang Song-thaek, tio do ditador
norte-coreano Kim Jong-un, ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira. De
acordo com o jornal chinês “Wen Wei Po”, que tem laços estreitos com o
Partido Comunista da China, o tio e cinco de seus assessores teriam sido
despidos, jogados dentro de uma jaula e comidos vivos por uma matilha
de 120 cães famintos e ferozes. Para jornalista do “Washington Post”, no
entanto, é improvável que a história seja verdadeira
Jang
Song-thaek, o número dois do regime comunista, foi executado no mês
passado depois de ter sido considerado culpado por “tentativa de
derrubar o Estado”. Ele, que era casado com a tia de Kim, também foi
acusado de corrupção, orgia e consumo de drogas, e referido pelo ditador
norte-coreano como “escória humana desprezível”.
De acordo com
“Wen Wei Po”, Kim e seu irmão Kim Jong Chol teriam supervisionado a
atrocidade por uma hora com 300 outros funcionários. O diário
acrescentou que Jang e os outros assessores foram “completamente
devorados”.
O jornal tem
atuado como porta-voz do Partido Comunista da China. O relato, segundo a
NBC News, pode ser um reflexo do embate entre integrantes do partido
que querem permanecer próximos à Coreia do Norte e aqueles que gostariam
de se distanciar do regime de Kim.
O jornalista
Max Fisher, do “Washigton Post”, destaca que rumores como esse surgem
com frequência na Coreia do Norte, onde o “governo tem uma reputação bem
merecida devido às punições políticas medievais”. Ele chama atenção
para o fato de que o jornal “Wen Wei Po” é conhecido por publicar
histórias sensacionalistas nem sempre verdadeiras”. E que a notícia,
primeiramente publicada em 12 de dezembro, não foi repercutida por
outros jornais da China, tampouco na Coreia do Sul.
Jang foi visto
por muitos analistas como um regente por trás da dinastia de Kim e uma
conexão fundamental entre a Coreia do Norte e a China. Sua morte
representou a maior mudança política na Coreia do Norte desde a morte do
ditador Kim Jong-il, em 2011, que abriu as portas do poder para seu
filho Kim Jong-un.
fonte O GLOBO
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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